segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Críticas à Escola tradicional



O caráter elementar de suas posições; a ênfase dada à aprendizagem, como um processo de ensaio e erro; a suficiência do exagero de exercícios, a Lei do Efeito de Thorndike; o determinismo mecanicista que, segundo os opositores do sistema, destrói os valores humanos;

O principal argumento lançado contra ela foi a advertência de que, nos processos psíquicos, há uma direção, levada a cabo pelo pensamento ou regida por outras “tendências determinantes”. Os psicólogos estruturalistas, por seu lado, aduziram experiências com que se provou que os hábitos não produzem ação, que o comportamento tem um propósito ou que há reações a relações, o que não tem em conta nem pode explicar o associacionismo. Isso não quer dizer que ele tenha sido abandonado inteiramente em psicologia. Por um lado, adoptaram-se muitas conclusões do associacionismo, mesmo quando se refinou esta doutrina mediante experiências e críticas analíticas. Por outro lado, o próprio estruturalismo não nega totalmente o processo associativo, mas rejeita os fundamentos atomistas atribuídos ao mesmo e especialmente a tendência manifestada pelos associacionistas clássicos de basear as suas explicações em puras combinações mecânicas sem fazer intervir tendências ou propósitos.



Influência da Psicologia, a partir do sé XIX

Influencias da Psicologia Associacionista 


- Thondike: "(...) a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias – das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender uma coisa complexa, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que ela estariam associadas.Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista. De acordo com essa lei, todo o comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato, etc.) tende a se repetir, se nós o recompensarmos (efeito) assim que ele o emitir. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes"







- Aristóteles (384/322 a.C.) – Leis do Associacionismo: Contigüidade, Semelhança, Contraste: " (...) há um princípio de conexão entre os diferentes pensamentos ou ideias da mente, e que no seu aparecimento na memória ou imaginação se introduzem uns aos outros com certo método e regularidade”. De fato, não há um mas vários princípios de conexão, três dos quais são predominantes; a semelhança, a contiguidade (no tempo ou espaço) e a causa e efeito. ¹'





Contribuições da Psicologia Associacionista para a aprendizagem até o final do séc XVIII


  1. Origem: filho do empirismo britânico, se desenvolveu a partir do princípio da contigüidade, isto é, se duas coisas são vizinhas no tempo é provável que se associem entre si.
  2. Influências Antecedentes: Aristóteles (384/322 a.C.) – Leis do Associacionismo: Contigüidade, Semelhança, Contraste.
  3. Fundador: David Hartley (1749).
  4. Promotores: Thomas Brown (1778/1820), primeiro a propor a química mental, para ele tudo se recombina; James Mill (1773/1836), defensorda mecênica mental; John Stuart Mill (1806/1873), defensor da química mental, para ele as idéias complexas perdem sua identidade original; Alexander Bain (1818/1903), deu maior ênfase aos fenômenossensoriais; Hermann Ebbinghaus (1850/1909), estudou a memória; 
  5. Ivan Petrovich Pavlov (1849/1930), fisiologista (reflexo condicionado);Vladimir Bechterev (1857/1927), psiquiatra (condicionamento motor);Edward Lee Thorndike (1874/1949), aprendizado animal; Edwin Guthrie(1886/1959).
  6. Definição: "Estudo das associações de idéias, palavras ou conexões de estímulo-reação".
  7. Método: Buscavam as leis da associação e analisavam a vida psíquica.
  8. Contribuições: Thorndike deixou valiosa contribuição em favor dapsicologia através de sua grande obra bibliográfica. Durante 50 anos,dedicou-se à pesquisa de laboratório sobre a aprendizagem animal;elaborou a primeira teoria da aprendizagem em termos associacionistas;efetuou exaustiva análise da aprendizagem humana; tornou-se líder em testes mentais e práticas educacionais e deixou estudos que ajudaram no desenvolvimento no campo da lexicografia.
  9. Data de Aparecimento: Surgiu em 1749 e atingiu o seu ápice nas duas primeiras décadas deste século.

Retirado de: http://pt.scribd.com/karenalmeida/d/18647748-O-Associacionismo


Escola tradicional e contexto historico:

A proposta da escola tradicional era baseado nos estudos presentes desde a origem dos primeiros filósofos na Grécia, como Aristóteles "(...) aristóteles compreendeu a necessidade de integrar o pensamento anterior a sua própria pesquisa. Por isso começa procurando resolver o problema do conhecimento do ser a partir das antinomias acumuladas por seus predecessores: unidade e multiplicidade, percepção intelectual e percepção sensível, identidade e mudança, problemas fundamentais, ao mesmo tempo, do ser e do conhecimento (...)"¹ e Platão "(...)o objetivo platônico era o conhecimento das verdades essenciais que determinam a realidade — a ciência do universal e do necessário — para poder estabelecer os princípios éticos que devem nortear a realidade social, em busca da concórdia numa sociedade em crise. Nesse sentido, sua obra pode ser considerada como um conjunto coerente, articulado pelo tema condutor da teoria das idéia (...)"².

Ao longo dos anos podemos acompanhar o avanço da educação, isso fica claro quando percebemos a evolução da escola tradicional para a moderna.


Retirado de: : http://inovacao.carlos-rosa.com/educacao-e-tecnologia/historia-da-educacao/educacao-classica/aristoteles
        : http://inovacao.carlos-rosa.com/educacao-e-tecnologia/historia-da-educacao/educacao-classica/platao  

Escola tradicional

  

 A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação esta que o levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a optar por uma profissão valorizada. Na maioria das escolas essa prática pedagógica se caracteriza pela sobrecarga de informações que são veiculadas aos alunos, o que torna o processo de aquisição de conhecimento muitas vezes burocratizado e destituído de significação.

A aprendizagem, nessa tendência, torna-se artificial, memorizar para “ganhar nota” e  caracteriza pela sobrecarga de informações que são veiculadas aos alunos, o que torna o processo de aquisição de conhecimento, muitas vezes burocratizado, estimulando a competição entre os alunos que são submetidos a um sistema classificatório. Os métodos baseiam-se tanto na exposição verbal como na demonstração dos conteúdos, que são apresentados de forma cartesiana, mecânica e de aprendizagem perceptiva, considera que a capacidade de assimilação da criança é a mesma do adulto.
A linha tradicional de ensino alastrou-se no século XVIII, a partir do Iluminismo, e tinha por objetivo universalizar o acesso do indivíduo ao conhecimento. Foi considerada não-crítica e ultrapassada nas décadas de 1960 e 1970, mas ainda tem muita importância para os educadores. Seus defensores enfatizam que não há como formar um aluno crítico e questionador sem uma base sólida de informação.




segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA

Nossa memória contém tanta e tão variada informação que, sem um mínimo de organização, seria impossível recuperar alguma coisa do que há nela. Ainda assim, dada a grande quantidade de resultados de aprendizagem que se armazenam nela, se queremos encontrar ou evocar uma lembrança ou um conhecimento, devemos armazenar essas aprendizagens de uma forma ordenada. A característica mais relevante de nossa memória permanente é sua organização. Boa parte das teorias psicológicas aceita tradicionalmente que nossa memória permanente tem uma organização hierárquica (De Vega, 1984).
A organização hierárquica de alguns conteúdos da memória humana, aqueles que têm uma natureza conceitual, levou à suposição de que nossa memória está organizada como um dicionário, ou, melhor ainda, como uma biblioteca, como a que ingenuamente representa, umas páginas mais atrás.
De qualquer maneira, embora os resultados da aprendizagem adotem em nossa memória as mais variadas formas de organização, parece claro que adquirir; o conhecimento de forma organizada, como um sistema explicitamente relacionado,em vez de como unidades de informação justapostas, produz uma aprendizagem mais eficaz e uma recuperação mais freqüente e provável. Um processo de aquisição muito eficaz relacionar uma nova informação com representações já contidas na memória em vez de adquiri-Ia como um elemento de informação independente.

ESQUECER PARA APRENDER

O esquecimento também é um mecanismo adaptativo de nosso sistema cognitivo que está vinculado ao próprio funcionamento da memória e não com possíveis limites em sua capacidade. As teorias da memória destacam de modo alternativo ou complementar, duas explicações principais para o esquecimento (Baddeley; 1982 1990). Segundo um primeiro mecanismo, que podemos traduzir um tanto poeticamente pelo desvanecimento do rastro, o tempo simplesmente apaga os rastros de memória, como o vento varre as folhas mortas.
Talvez não seja o transcurso do tempo, mas o que ocorre nesse tempo, o que provoca o esquecimento. Essa é a teoria da interferência, esquecemos porque novas aprendizagens vêm se depositar sobre as anteriores, apagando e esfumando sua lembrança. Nossa aprendizagem se vê deformada por uma interferência pró-ativa (ou para frente) em que toda nova aprendizagem se assimila e somente à força de aprendizagens anteriores.
Embora os dois mecanismos de esquecimento tenham certo apoio empírico na investigação (Baddeley; 1990), a idéia da memória permanente como um sistema dinâmico, em contínuo fluir, deve nos fazer pensar o esquecimento como um produto da interação entre conhecimentos, mais próxima da teoria da interferência.
Podemos dizer que nada se esquece, simplesmente não somos capazes de recuperá-lo, até que um dia, um cheiro de grama recém-aparada, o sabor de uma madalena molhada no café, um gesto desenhado levemente por uma mão, acendem a chispa e ativam essa velha aprendizagem que acreditávamos perdida e na realidade se achava inerte, dormindo sobre o fundo cinza de uma rede neuronial.
A lembrança - e com ela o esquecimento - é função da organização de nossas representações na memória.

A Memória Permanente

   A memória permanente é conhecida como um sistema limitado em capacidade e duração.
   As pessoas aprendem porque esquecem, pois a memória permanente está organizada para cumprir uma função seletiva, que permite que as pessoas reconstruírem seus passados e suas aprendizagens anteriores.
   A memória não é só um mecanismo, é um sistema dinâmico que revive e reconstrói o que aprende-se até preencher de sentido.
   As lembranças são o produto vivo e dinâmico de nossas aprendizagens.